sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Geração do Imediato


 


  Pensei antes de definir o título, colocar algo como "geração perdida" ou algo do gênero, entretanto, conclui ser clichê demais.
  
  A geração do imediato, é a geração do hot pocket, a geração do suco de caixinha, a geração do "vou olhar no Google". 
A geração atual não valoriza o tempo como deve ser valorizado, corre a vida inteira dizendo nunca ter tempo pra nada, tempo pra ninguém, tempo que não dá tempo de gastar em 24H, sempre acaba antes.
É a geração que agrega à todos e que segrega vorazmente quando as coisas não se aprazem de forma rápida. É uma geração que defende o imediatismo, mas nem sempre move um dedo para fazer alguma coisa de diferente, é uma geração acomodada, mas que quer as coisas de imediato!
Tem dúvidas? Google! Tem preguiça de fantasias (sexuais ou não)? Harry Potter (e 50 tons de cinza para os mais ousados)! Tem fome? Passa no Mc Donalds! Tem sede? Pega o Del Valle!
  A geração do imediato, deixa de lado o lado humano, o lado das coisas boas, de observar a paisagem, de ouvir uma boa música e participar de uma conversa acalorada - ou não -, mas, sem pressa, conversa boa a gente sempre estende mais um tiquinho ou, continua de verdade outro dia.
  A geração de hoje, não sabe mais se comunicar, a não ser por celular, ainda que melhorasse a escrita, mas não, existe o corretor automático para não buscar aquela dúvida no dicionário. A geração de hoje terá dificuldade de convívios futuros, conjugais ou não, independente de sexo/credo e cor. Aliás, a geração atual já tem essa dificuldade.
  Falta paciência e empatia, tudo é tão fugaz que não faz com que eu partilhe deste fogo da velocidade. O mundo é bonito, colorido, naturalmente em harmonia, as pessoas são gentis e educadas sim! Quero acreditar que as pessoas só são grosseiras porque correm o risco de chegar atrasadas no trabalho, recuso-me a concordar para o ausente deleite dos pessimistas e negativistas que o mundo é hostil.
  Um aviso aos reguladores dos portadores de necessidades especiais, separem mais assentos exclusivos, que a ciência descubra uma forma de manter por mais tempo a senilidade lúcida, pois sem os dotes de valores humanos essenciais toda a humanidade estará perdida.


sábado, 19 de abril de 2014

Impaciência, ansiedade, procrastinação e exagero...

Este texto visa cadenciar as perspectivas morfofuncionais de um indivíduo saudável e suas relações cotidianas e blá blá blá... BULLSHIT!

Na maioria das vezes nos pegamos em constantes análises sobre uma situação e se não estamos pesando demais a mão que norteia as ações. Balela. Se fizéssemos isso, não teríamos tantas queixas, mal entendidos e afins...

A impaciência:


É  motivado por tudo aquilo que você poderia ter realizado dentro do prazo estipulado, se tivesse acordado mais cedo, se as outras pessoas soubessem da importância real que aquele horário tem pra você e como seria importante que cada um cumprisse o papel devido dentro da cronologia. Se... Se... Se... Se... e tantas coisas mais. Minha impaciência me dá urticária, começo a me coçar todo... E você? Digamos que já estou impaciente por não ter chegado nas últimas linhas deste texto... (brincadeirinha rsrs)


A ansiedade:


Bem... a ansiedade definitivamente não é verde e amarela com um sorriso no rosto. Não me perguntem o motivo de eu adicionar essa imagem (ao lado), procurei no google, vi essa imagem e achei engraçada. Sorrisão bacana, "bloco ansiedade"... Um sujeito beeeem ansioso! Mas daí você pode me perguntar: Onde é que você quer chegar com isso? Será que vai valer a pena eu continuar a leitura desse texto depois dessa embromação com uma figura estranha que não demonstra sequer alguma ansiedade?
................ Ficou um pouco irritado? Tá na expectativa de alguma coisa a mais? Calma! Não seja tão ansioso! É! É isso, a ansiedade se transforma numa inquietude, numa impaciência rasa, pode modificar nossas vontades, nossas atitudes, nos preocupar demasiadamente, fazer querer as coisas da noite pro dia e se livrar do que é ruim do dia pra noite! Contudo, nessa leva toda de ansiedade, podemos cair na procrastinação. É o momento de tamanha ansiedade pertinente, o sofrer pelo o que não aconteceu, o sorrir pelo o que ainda não está selado... É o viver as fantasias, as imaginações mais do que substanciais, fazendo com que adiemos tantas realizações possíveis quando vivemos um dia de cada vez com o foco no nosso objetivo. Antes de procrastinar, veja uma pessoa ansiosa:

A procrastinação:

O tal do: amanhã eu faço.... Sou o mestre da procrastinação quando não quero fazer alguma coisa com todas as minhas forças, não precisamos ter a maior força física do mundo para executar tarefas ainda que árduas, mas apenas aquele pouco da força de vontade que parece fugir quando estamos diante de um longo prazo ou feriados (como é o caso neste momento, prefiro escrever um texto do que ir pintar a parede do quarto). Brincadeiras à parte, não sou o rei da procrastinação, a partir do momento que você reconhece algumas características fica mais fácil de enxergar uma situação. Podemos assumir simplesmente o "não estou afim de fazer e não vou fazer" e enfrentar as consequências de pessoas te perguntando o motivo, ou dizer "tá, daqui a pouco eu faço" e ir empurrando com a barriga silenciosamente sem que peguem no teu pé. A desvantagem de empurrar com a barriga é que você pode magoar alguém que contava com sua ajuda, seja franco, sempre! No geral, procrastinar é o acúmulo de demasiadas tarefas e consequente falta de organização, sem saber por onde começar. Eis onde a ansiedade reaparece (ou de onde nunca se ausentara), a ansiedade é tamanha em terminar alguma coisa, que pode acontecer de fantasiar  com a entrega da tarefa e as congratulações por um excelente trabalho, sem ter sequer movido um dedo em prol à realização material.

O exagero:

Ahhhh...... O chocolate! Definitivamente um exagero delicioso!  ..hm... Retomando! O exagero pode compactuar com as outras características acima, ou não.
O exagero através da impaciência causa catástrofes momentâneas ou eternas, a danação pode custar na combinação extra size de exagero + impaciência. A combinação exagero + ansiedade, pode ser um pouco puxado para a impaciência, sem tanta agressividade, é um estilo de fazer tudo de forma estabanada buscando a perfeição em todos os sentidos, ou seja, exagero. O exagero + procrastinação, somente acontece na imaginação fértil. E existe o exagero da empolgação, o exagero dos detalhes, o exagero despoluído e despretensioso, é aquele exagero descomedido que vai falando e atropelando ideias sobre ideias relativo a algum assunto... O efeito colateral é muitas risadas, ou, chatice. Do mar ao infinito em segundos, infelizmente com o exagero você não consegue manter um voo linear, portanto jovem, contenha-se!




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Brincando com Palavras

Casa, asa, sa, a, ab, abe, aber, abert, aberta, berta, erta, rta, ta, a, ac, aco, acol, acolh, acolhe, colhe, olhe, lhe, he, e, en, ent, entr, entre!, ntre!, tre!, re!, e!, !, !e, !es, !est, !esto, !estoy, estoy, stoy, toy, oy, y, ya, yar, yard, ard, rd, d, de, des, dese, desen, desenh, desenha, desenhan, desenhand, desenhando, esenhando, senhando, enhando, nhando, hando, ando, ndo, do, o, ol, olh, olha, olhar, lhar, har, ar, r, re, rel, relu, reluz, reluze, reluzen, reluzent, reluzente, eluzente, luzente, uzente, zente, ente, nte, te, e


... dos teus olhos.
... ilumina o meu caminho até você.




domingo, 13 de abril de 2014

Deixa?

Deixa eu te acompanhar por uma estação?
Seja estação do ano ou do metrô.
Deixa eu ficar do teu lado,
Não precisa dialogar, ficarei feliz calado.
Deixa eu mostrar essa minha intenção?
De te querer tanto, como estou.
Deixa eu arrancar sorrisos em meias palavras,
Deixa eu mostrar que por dentro eu tenho uma longa estrada.
Deixa soprar o vento nos teus cabelos,
Deixa eu te ver se maquiar em frente ao espelho.
Deixa eu fazer da gente sem motivos aparentes para ter motivos,
Deixa eu mostrar que sou muito mais do que esse lado emotivo.
Deixa a primavera desabrochar flores que serão despetaladas em algumas gerações,
Deixa a vida parar por alguns instantes somente para contemplar nossas ações,
Deixa eu ganhar o teu olhar pra saber que tenho sorte,
Deixo você me picar com esse amor, pode dar o bote!
Liga para mim, vai ver que não é trote,
Deixa o time jogar, deixa rolar a apresentação do mascote.
Deixa o outono conceder as quedas das folhas velhas,
Deixa a vida rever as páginas passadas e amarelas,
Deixa eu respirar para aprender a ser alguém melhor,
Vem participar comigo, evoluir e ver o por-do-sol.
Vem cultivar uma planta comigo,
Vem observar as nuvens, deixa cair o temporal e vem pro meu abrigo,
Deixa eu me libertar dessa visão de ser meu próprio inimigo,
Deixa eu despertar e enxergar que não posso só olhar pro meu umbigo
Deixa eu te mostrar o mundo que vivo sem perigos,
Deixo você me mostrar tuas vontades e apagar tudo o que eu digo.
Quem sabe a vida é mais do que eu interpreto,
Me mostra o caminho concreto, que eu nunca estive certo, meu peito tá aberto.


Escrito em: 04/04/2014

quarta-feira, 2 de abril de 2014

De Repente

Abro os olhos e ainda é 1h32min, foi em vão eu me deitar tão cedo... O corpo recebe uma carga tamanha, uma carga tremendamente emocional e como isso mexe com as nossas estruturas, homens, mulheres, crianças... 
É que foi tudo tão de repente, uma onda de consumo por causa da impulsividade, os amontoados de beijos, abraços e carinhos. 
Não quis nem saber, o olhar cruzado no breve instante antes do contato entre os lábios foi arrebatador, no íntimo, eu sempre soube que iria acabar assim. E acabou.
Senti uma coisa estranha no primeiro contato visual, algumas coisas simplesmente se encaixam perfeitamente, uma porrada no peito, daqueles que você não diz para ninguém, voltei com a intenção verdadeira de atropelar esse tal sexto sentido, mas não deu, não consegui... Cedi aos teus encantos, olhos ressumbrados e jeito doce de falar, a perfeita manipuladora. Entre tantas aparências, senti que era real, provou-se ser uma real coincidência, gostos em comum misturado de toques suaves, toques que nem todas acertam, o jeito de falar, o jeito de acariciar, o temperamento controlado, o beijo intenso, os assuntos que encaixavam como peptídeos nas células. Eu me perdi ali, meu sistema nervoso central foi pego.
Já não respondia mais com minha racionalidade, larguei as cervejas no isopor e esqueci que tinha que vender, bem, dei meu turno como encerrado e não avisei meu companheiro de vendas. Doses de conversas curtas, semeados de tantos beijos, trocas de olhares e aquelas perguntas "charmobobas" (charmosas e bobas) do tipo "do que você está rindo?", "o que você está pensando?" quando nossos olhares se prolongavam em silêncio. Não queria estar ali, se soubesse que iria me causar tanta dor de cabeça, mas, o fato era que eu estava, eu a desejava, ela me desejava, estávamos inebriados de testosterona, sem hesitar, busquei meus pertences na casa de meu companheiro de vendas e parti ao re-encontro.
Fomos ao estacionamento, entramos no carro dela, enquanto as amigas dela se despediam de outros rapazes que conheceram por lá, não me continha e avançava sobre tuas coxas e nuca, estendemos e comprimimos essa vontade por longos 15 KM que pareciam não terminar nunca. Chegamos na casa da amiga dela, enquanto ela manobrava o carro para deixar a amiga, salta uma moradora de rua, com cara de abatida, cabelos arrepiados, roupas rasgadas, parecia usuária de droga, surgiu debaixo  de algum carro que estava por ali, ficamos num misto de surpresa e comicidade com a situação, a amiga dela com certo pavor tratou de saltar logo do carro, troquei meias palavras com a estranha, minha atual paixão me comove ao solidarizar com a figura humana que pedia por ajuda no vidro do carro, me encantou de vez esse gesto. Partimos rumo ao motel.
Chegamos lá, a sensação era de que eu a conhecia há anos, séculos, vidas passadas, eu a lia de cima abaixo, sabia o que queria e como queria, eu a sentia e vice-versa. É possível que a felicidade se esconda nestas situações? Acredito que sim, tudo tão de repente, tudo tão fugaz, tudo tão quente e apaixonante. Ah... São 3h, ainda não dormi, memorando os bons fatos, lembrando meu tormento, o que me tira o sono... E lembro da sensação de felicidade, do querer dormir agarradinho, ouvir ao pé do ouvido aquela voz mansa dizendo "gostei de ti... mas só um pouquinho" seguido de um curto sorriso que respinga uma risada no teu corpo, foi o gole de espírito que eu precisava. Paro por aqui, pois ali foi o ápice da felicidade, felicidade que há tempos eu não sentia e que me fez acreditar num futuro próspero. 





Seria Ela?

De modelo anatômico e face indescritível,
Encaixa no meu corpo, assim eu não resisto,
Pauta as atitudes com um breve olhar imbatível,
Pinta no ar com o seu sorriso o impossível,
Expiração, inspiração, excitação, eu só assisto,

É um filme, que passa como flashs na minha mente,
Fatos consentidos que enobrecem minha alma,
Relatam e descrevem cada abraço enlaçados de corrente,
Pura energia, a sintonia perfeita, é a química que acalma,
Reflete no olhar, o brilho doce e passageiro,
Que dura o tempo que for, ou que dure o tempo inteiro,
Durabilidade irrelevante, a vida não é pra sempre,
Quem liga se 1 dia ou 1 ano, viver o presente, sem traçar planos,
Olhar um pro outro, no embalo das risadas, vale mais do que 100 manos ou 100 minas,
É a sinceridade de uma emoção que envolve mais do que pura adrenalina,
É o carinho constante, por ter em quem confiar, sem esse lance de romance, não quero atrapalhar,
É a leveza da situação que faz o caminhar, sentir dentro do destino, destino que tenta explicar o simples trilhar,
objetivo, norte, foco, contemplação, vem e para, para. Para ver um pouco essa paisagem linda,
alinha os planetas, deixa o sol queimar, não é todos os dias, mas de vez em quando estar,
ao seu lado, seria divertido, um café, uns beijos, um abraço amigo...
Quem realmente liga para como aconteceu,
só sei que do dia pra noite, essa impulsividade me corrompeu.
Sou sensível, praticante do bem, amo o conhecimento e tudo o que contém, convém ressaltar,
que há muitos projetos pendentes em particular,
muita coisa em construção, muita coisa construída, tanta coisa já passei por toda a minha vida,
minha vida, minha vida é um livro aberto, que se parar pra contar nem vou lembrar de tudo ao certo,
até, ver uma situação parecida, enfim, de alegrias e tristezas todo mundo tem pra falar,
aventuras e situações engraçadas eu teria que lembrar,
gosto muito de me expressar através das palavras,
faço deste mundo meu terreno, carpino com enxada, cuido bem do solo,
sou muito cuidadoso com tudo que tenho no colo.
E seguro com firmeza o que tenho em mãos, não que eu não deixe escapar, mas não deixo cair.

Bem... Apesar disso tudo, não era ela.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Egoísmo: O Silêncio que habita nossa alma

Quando estamos meio descuidados por demasiada rotina, tomados pela vaidade, estressados com tudo e com todos, cegos por alguma coisa que queremos ter de imediato, significa que isso tudo é superficial demais, significa que a raiz de nossos problemas muito provavelmente não é a própria raiz, mas na maioria das vezes, pode ser o solo.
O que eu quero dizer é o seguinte, você pode saber de mil coisas de que outra pessoa passa, você pode ser o maior empático do mundo em diversas situações, exceto, nas situações que o seu egoísmo impera sem que você perceba - qual a razão do egoísmo? Não sei, isso ficará para um próximo texto, tenho que pensar mais para entender de onde poderia vir o egoísmo.
Diversas vezes invadimos o terreno alheio e queremos tomar posse da terra, ou inúmeras vezes pulamos os muros de nosso vizinhos e queremos ter aquilo que é precioso para nós (metaforicamente falando), isso nos consome por não conseguir tal façanha, nos perguntamos: O que eu tenho de errado? O que eu estou fazendo de errado? E é justamente isso! O que faz de errado, você não vê como errado porque a natureza do ego está em ação e ela precisa ser imediatamente saciada!

... Isso nos faz pensar o quanto somos suscetíveis às situações ridículas, tornamo-nos o que não queríamos ser: Chatos, inconvenientes, persistentemente irritantes, mandões, autoritários, otários, sem educação, grosseiros, demasiadamente invasivos...

A resposta para como não ser assim é, viva a vida que vale a pena ser vivida (Diga-se de passagem, Cortella sou seu fã!). O texto pode até clarear suas ideias, auxiliar nas decisões e estimular a repensar se você não está sendo egoísta, o outro precisa de espaço e respeito, muitas vezes achamos que estamos respeitando e estamos cruzando a via em plena luz do dia com o farol vermelho (não que cruzar na madrugada seja correto, pura força de expressão)...

O ego nos prega peças e o egoísmo se torna um prática enganadora, uma prática difícil de perceber e se libertar. E acredite se quiser, um piche no muro, um substantivo que fez eu questionar e enxergar a incoerência de minhas ações (neste período) foi: PERMITA-SE. Além de ressaltar a importância das pessoas que nos rodeiam, a sociedade tem papel fundamental em várias observações - senão todas -, precisamos dessa convivência para aprendermos a ser melhores do que ontem. Hoje, sinto que sou um tanto bem maior do que já fui (não lembro onde vi isso, mas, achei legal! =D)

Permita-se ver, permita-se sentir, permita-se respirar, permita-se ser, permita-se respeitar, permita-se refletir, permita-se amar.

Numa outra ocasião, sempre me pego com ordens de consciência no sentido de ser mais:


Essa frase realmente é minha ordem de vida, eu estou cada dia mais tentando fazer mais do que simplesmente existir, é difícil, mas estou tentando.



sábado, 8 de março de 2014

Avassaladora Realidade

Artes, política, filosofia, religião,
Qualquer gênero do cinema, 
Aventura, policial, fantasia, realíssima ficção,
Muita coisa me atrai, muita coisa me emociona,
É com coisa ou outra que o brilho do meu olho vem à tona.

Gosto de verdades, gosto de sagacidade,
Inteligência, sorrisos, interação, integração,
Olho no olho, corpo e alma, sempre inteiro, nada pela metade,
Nada de razoabilidade, nada que seja raso na verdade.
Partícipes infratores, têm minha permissão,
Desde que a loucura consentida, seja plena canção de um coração,
Que clama.

Exclamaria! Da lama ao caos, do caos a lama, e ficara orgulhosa,
Se da hora que a honra cobrasse honorários, esta, tornar-se-ia majestosa,
E a lei é dos palhaços que não resolvem os problemas mais simples,
Dos "boys" que cheiram pó e depois ficam com rinite,
Dos "nóias" que fumam a pedra de Crack sem cerimônia,
Dos "cabeças" cheia da fumaça verde, da nossa própria flora Brasil-Colônia.

Dos largados, marginais, que encostam e já não se sabe se têm salvação,
Do Governo, "coeso, pomposo e vertiginoso" e suas decisões, sobre a economia,
Sobre a parida escória dos gramados verdes dos campos de futebol,
Da morte de mais uma mulher que ocorre por dia em cada lençol.

De cada greve de cada operário, confronto entre estudantes, bandidos, policiais e vigários,
Partidos, sindicalistas, lobistas e revistas, em revista ninguém se encontra,
Ninguém enquadra peixe grande filho, "RÁRÁRÁ!!" porra nenhuma.
É colarinho branco que dá o bonde "memo", me pergunto onde porra estamos ou como chegaremos?

Esnobe, classe esnobe que atravessa a espelunca, terra do nada, terra do nunca,
Brasil, país, quem roda o mundo vê a sujeira, vê a sujeira enfrestada em cada nuca,
Na testa e atesta até na grade mestra do MEC, que menino formado, é menino que não repete,
No sistema embrionário da cascata que deságua ignorância. PORRA! CANSEI!

Cansei, de ver jogador de futebol sendo tratado como rei,
Cansei de ver classes essenciais sendo desvalorizadas,
Seja professor, gari, médico, sanfoneiro ou quem pega na enxada,
Cade a ordem e progresso do País que nunca está de cara lavada,
É nisso que reflito os meus gostos quando penso que tenho um gosto,
Logo, o que eu gosto ou gostaria, se torna desgosto, me sinto ensosso,
Sem sal, vazio, sem nada, sem ternura, sem alma, sem carro, sem casa,
Sem pais, sem irmãos, sem família, sem cachorro, sem amigos,
O mundo imundo desilude ou concretiza a realidade, irmão, ainda não vivi a metade,
Não vi nem a metade.

De toda essa ânsia, angústia e dominadora, me isolar nos meus gostos ou do que gosto,
Simplesmente passa batido perto da fronteira que nos encontramos nesse grande caldeirão.




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O Abismo

  Agrediram a nossa visão com tanta pedra (prédios, muros e prisões), agora, assassinam nossa sociedade com a frieza tecnológica. Não! Não é para ser um texto extremista no qual descarto a necessidade essencial da tecnologia, mas, ressalvo a frieza que a mesma proporciona, ou, pode proporcionar.
  Hoje observo esses mega celulares com tudo que temos direito (inclusive eu tenho um celular assim) - bem como, a máxima do ditado popular: só falta falar! - o que que tem na sopa do neném? (de tão interessante). Este mundo virtual que nos deixa vidrados em frente a algum tipo de rede social seria porque: Aguardamos uma notícia? (o que você espera ver?), esperamos ansiosamente alguém nos dar atenção mesmo que discretamente em formato de um polegar exposto num punho serrado (eu também estou aqui " D': " ), ficamos estressados por entrar em um programa de mensagens no qual mostra o acesso de outro usuário que esperamos tanto "aquela mensagem!"...

Poxa! Este é o abismo!

  Para além da era mágica que é a tecnologia, para onde trilha nossos instintos sociais? Prevalecemos perecendo na anonimidade da internet ou na excêntrica fila de um ônibus que seja! Observe! Em uma fila de ônibus, todos estão vidrados nos reflexos visuais que a luz emana de uma pequena tela, parecem moscas que são atraída por luz!
  O abismo que se instaurou é entre as pessoas e as emoções - entre o abismo existe a tecnologia, que "linka" a razão com a emoção virtual e superficial -, as pessoas se tornam cada vez mais frias para cada aplicativo instalado que retira uma parte da vida no tempo gasto com o meio virtual. A realidade ainda existe e ela clama vorazmente para que retornem ao mundo real.

ATENÇÃO! ATENÇÃO! PLANETA TERRA CHAMANDO!!

Como já vi um amigo meu falando: Não é possível que a vida esteja assim tão ruim.

  Eu me vejo muitas vezes como uma pessoa muito crítica, rabugenta, constantemente mal-humorada (que vejo meu mau-humor como minha principal fonte de bom-humor), todos temos problemas, entretanto, não é a  fuga que soluciona, mas sim, aprisiona-nos e bloqueia nossa evolução mental.


  Pearl Jam lançou uma música em 1998, Do The Evolution, que retrata exatamente o que vivemos e vamos viver cada vez com mais frequencia...
Segue abaixo o Clipe que condiz com a realidade.

I