segunda-feira, 24 de março de 2014

Egoísmo: O Silêncio que habita nossa alma

Quando estamos meio descuidados por demasiada rotina, tomados pela vaidade, estressados com tudo e com todos, cegos por alguma coisa que queremos ter de imediato, significa que isso tudo é superficial demais, significa que a raiz de nossos problemas muito provavelmente não é a própria raiz, mas na maioria das vezes, pode ser o solo.
O que eu quero dizer é o seguinte, você pode saber de mil coisas de que outra pessoa passa, você pode ser o maior empático do mundo em diversas situações, exceto, nas situações que o seu egoísmo impera sem que você perceba - qual a razão do egoísmo? Não sei, isso ficará para um próximo texto, tenho que pensar mais para entender de onde poderia vir o egoísmo.
Diversas vezes invadimos o terreno alheio e queremos tomar posse da terra, ou inúmeras vezes pulamos os muros de nosso vizinhos e queremos ter aquilo que é precioso para nós (metaforicamente falando), isso nos consome por não conseguir tal façanha, nos perguntamos: O que eu tenho de errado? O que eu estou fazendo de errado? E é justamente isso! O que faz de errado, você não vê como errado porque a natureza do ego está em ação e ela precisa ser imediatamente saciada!

... Isso nos faz pensar o quanto somos suscetíveis às situações ridículas, tornamo-nos o que não queríamos ser: Chatos, inconvenientes, persistentemente irritantes, mandões, autoritários, otários, sem educação, grosseiros, demasiadamente invasivos...

A resposta para como não ser assim é, viva a vida que vale a pena ser vivida (Diga-se de passagem, Cortella sou seu fã!). O texto pode até clarear suas ideias, auxiliar nas decisões e estimular a repensar se você não está sendo egoísta, o outro precisa de espaço e respeito, muitas vezes achamos que estamos respeitando e estamos cruzando a via em plena luz do dia com o farol vermelho (não que cruzar na madrugada seja correto, pura força de expressão)...

O ego nos prega peças e o egoísmo se torna um prática enganadora, uma prática difícil de perceber e se libertar. E acredite se quiser, um piche no muro, um substantivo que fez eu questionar e enxergar a incoerência de minhas ações (neste período) foi: PERMITA-SE. Além de ressaltar a importância das pessoas que nos rodeiam, a sociedade tem papel fundamental em várias observações - senão todas -, precisamos dessa convivência para aprendermos a ser melhores do que ontem. Hoje, sinto que sou um tanto bem maior do que já fui (não lembro onde vi isso, mas, achei legal! =D)

Permita-se ver, permita-se sentir, permita-se respirar, permita-se ser, permita-se respeitar, permita-se refletir, permita-se amar.

Numa outra ocasião, sempre me pego com ordens de consciência no sentido de ser mais:


Essa frase realmente é minha ordem de vida, eu estou cada dia mais tentando fazer mais do que simplesmente existir, é difícil, mas estou tentando.



sábado, 8 de março de 2014

Avassaladora Realidade

Artes, política, filosofia, religião,
Qualquer gênero do cinema, 
Aventura, policial, fantasia, realíssima ficção,
Muita coisa me atrai, muita coisa me emociona,
É com coisa ou outra que o brilho do meu olho vem à tona.

Gosto de verdades, gosto de sagacidade,
Inteligência, sorrisos, interação, integração,
Olho no olho, corpo e alma, sempre inteiro, nada pela metade,
Nada de razoabilidade, nada que seja raso na verdade.
Partícipes infratores, têm minha permissão,
Desde que a loucura consentida, seja plena canção de um coração,
Que clama.

Exclamaria! Da lama ao caos, do caos a lama, e ficara orgulhosa,
Se da hora que a honra cobrasse honorários, esta, tornar-se-ia majestosa,
E a lei é dos palhaços que não resolvem os problemas mais simples,
Dos "boys" que cheiram pó e depois ficam com rinite,
Dos "nóias" que fumam a pedra de Crack sem cerimônia,
Dos "cabeças" cheia da fumaça verde, da nossa própria flora Brasil-Colônia.

Dos largados, marginais, que encostam e já não se sabe se têm salvação,
Do Governo, "coeso, pomposo e vertiginoso" e suas decisões, sobre a economia,
Sobre a parida escória dos gramados verdes dos campos de futebol,
Da morte de mais uma mulher que ocorre por dia em cada lençol.

De cada greve de cada operário, confronto entre estudantes, bandidos, policiais e vigários,
Partidos, sindicalistas, lobistas e revistas, em revista ninguém se encontra,
Ninguém enquadra peixe grande filho, "RÁRÁRÁ!!" porra nenhuma.
É colarinho branco que dá o bonde "memo", me pergunto onde porra estamos ou como chegaremos?

Esnobe, classe esnobe que atravessa a espelunca, terra do nada, terra do nunca,
Brasil, país, quem roda o mundo vê a sujeira, vê a sujeira enfrestada em cada nuca,
Na testa e atesta até na grade mestra do MEC, que menino formado, é menino que não repete,
No sistema embrionário da cascata que deságua ignorância. PORRA! CANSEI!

Cansei, de ver jogador de futebol sendo tratado como rei,
Cansei de ver classes essenciais sendo desvalorizadas,
Seja professor, gari, médico, sanfoneiro ou quem pega na enxada,
Cade a ordem e progresso do País que nunca está de cara lavada,
É nisso que reflito os meus gostos quando penso que tenho um gosto,
Logo, o que eu gosto ou gostaria, se torna desgosto, me sinto ensosso,
Sem sal, vazio, sem nada, sem ternura, sem alma, sem carro, sem casa,
Sem pais, sem irmãos, sem família, sem cachorro, sem amigos,
O mundo imundo desilude ou concretiza a realidade, irmão, ainda não vivi a metade,
Não vi nem a metade.

De toda essa ânsia, angústia e dominadora, me isolar nos meus gostos ou do que gosto,
Simplesmente passa batido perto da fronteira que nos encontramos nesse grande caldeirão.