sábado, 26 de novembro de 2011

Aprendizado

As vezes me vejo fazendo tempestade em copo d`água.
As vezes eu quero crer que o que penso, não é mais nada.
As vezes eu tento enxergar além do que eu posso ver.
As vezes eu exagero tanto que não há mais por fim o que possa fazer.

As vezes sorrio mais do que eu posso sorrir.
As vezes eu imploro por dentro, por não querer admitir.
As vezes meu orgulho cerca minhas atitudes.
As vezes não basta que você tenha excelentes virtudes.

Ao longo da vida, vamos aprendendo sobre as coisas.
Ao longo do tempo, vamos conhecendo novos fatos.
Ao longo dos dias, nos prendemos em artefatos.
Ao longo, buscamos nas pessoas características que suprem nossas falhas.

Assim crescemos, vivemos, conhecemos.
Assim nos desenvolvemos, aprendemos, simpatizamos.
Assim, nos apaixonamos, amamos, nos decepcionamos.
Assim, vamos vivendo, aprendendo e lidando com os empecilhos. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Miséria

  O que há com o mundo? Na verdade, o que sempre houve?
Um problema social generalizado e infindável.
A miséria.

  O questionamento crucial que tenho e que me faz mal é: Por que as coisas são assim? Parece uma indagação infantil, medíocre e simplória. Mas, está muito além do que podemos imaginar nos baseando por um questão de devaneio como esta. Divaguemos sobre a situação íntima de cada um, por que você é o que é? Você é o que é por quem te fez assim? Você é o que é porque é inerente ao seu desenvolvimento? Você é assim porque tem uma visão de mundo observadora e atenta?

  Pensar não faz mal, refletir é a capacidade mais bela do ser humano (para quem tem essa capacidade). Refletir faz com que se ponha no lugar do outro, crie empatia em relação aos apuros e a situações adversas da vida.
  O motivo principal que move meus anseios é a cura do ser. A espera da cura psico-social, inclusão das pessoas na sociedade. A força motriz da auto-estima. Olho pessoas no estado de miséria, moradores de rua, esmoladores, mendigos. O que faz essas pessoas serem assim? Falta de auto-estima do ser? Isso gera um degradação com o direito de qualquer cidadão, sentir-se incapaz e logo, um estorvo social. É um problema de Estado no qual há pessoas (acredito eu) que se sentem mal por presenciar cenas maltrapilhas e esfarrapadas na penumbra. Um problema de Governo que deve erradicar este problema, tem que erradicar o problema, independente do partido (sou apolítico), voto no que faz - ou no que acredito que faça alguma coisa.
  Meu coração aperta toda vez que olho um ser humano neste estado, a presença me deprime por falta de compreensão, logo, entristeço-me com o ser humano, com desigualdade social, com a desgraça alheia. Entristeço-me com a leitura óptica que tenho dentro do meu campo visual, no âmbito, no momento, naquele tempo. Entristeço-me com a conclusão de que aquela pessoa não tem auto-estima, permite-se ficar assim por uma série de fatores: psicológicas, sociais, oportunas, acomodações. Falta de amor próprio e orgulho que impulsiona o crescimento. Entristeço-me com as faltas e não com o quadro, o quadro é fruto da incapacidade daquele que larga as rédeas e acomoda-se com a oportunidade social que tem. A miséria.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Hipocrisia

  Saiba que, o hipócrita não está nem aí para sua própria imagem, afinal é necessário agir daquele jeito para se enquadrar no sistema. Saiba que a hipocrisia não é inerente ao ser humano, ela se desenvolve como o hábito, na rotina, no dia-a-dia, quando menos percebe-se você está nessa rede. Vale se policiar se a hipocrisia é algo que te incomoda para não ser mais um hipocondríaco.
  Sou formado em Taekwondo (Faixa Preta 1º Dan), prático esta Arte desde que eu tinha 13 anos (hoje estou com 21, pouco mais de um mês terei 22). Relaciono esta modalidade porque do contrário que muitos pensam, a Arte Marcial vai além de uma simples sala de Academia, onde você faz exercícios físicos, soa, chuta, bate, apanha, grita, pula, luta, se diverte... Uma Academia com um Mestre (professor) que se preze, é essencial para a formação de caráter, conduta social, opinião, postura, responsabilidade e filosofia para o desenvolvimento, seja desde criança, adolescência ou fase adulta - diga-se de passagem, meu filho (quando tiver) com certeza vai praticar alguma Arte Marcial. 
  Voltando agora ao tema principal Hipocrisia, outra hora escreverei um texto somente sobre Arte Marcial (especificamente o Taekwondo, em homenagem ao meu Grande Mestre José Roberto Lira), relacionei a Arte Marcial com o intuito de pontuar o meu caráter já que apresento-me diante do caríssimo leitor com a seguinte ideologia e argumento que aprendi e compreendi com o tempo: Por mais adversa que possa parecer uma situação, nunca se corrompa, nunca falhe em sua missão e comprometimento. Isso é uma aprendizado que sempre tive em casa, sempre fui muito bem instruído em relação a postura, responsabilidade, verdade, sinceridade e HONESTIDADE. O Taekwondo lapidou-me com performance escultural e trilhou-me no caminho da sabedoria. Ensinou-me buscar a transcendência, a impetuosa felicidade avassaladora que faz a musculatura facial erguer um sorriso que tange de orelha a orelha. 
  Eu quero chegar no ponto de vista onde defendo que é tudo uma questão de caráter, portanto, para que ser hipócritas com outrem, consigo e com suas virtudes? Você é o que é, a hipocrisia está a uma passo da falta de escrúpulo. Me pego sendo hipócrita, em nenhum momento falei que não sou, só que isso dói profundamente quando nos retratamos em uma figura que não almejamos, que não nos sacia e acrescenta. Ficamos frustrados quando pego na insolência infantil e anti-ética da nossa moralidade intrapessoal.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Extrema expressão poética

Ser para quem? Crer para ser? Ser para ter? Ser por merecer? Ter por crer e logo ser? Querer ser para ter o que querem ter? Nascer para ser e ter ao mesmo tempo? Não ter e gostar de ser? Não ser e ter vergonha de ter? Ser, ter, crer...
Quem tem?
Quem és?
E em que crê?

Loucura? Dicotomia? Lucidez? Insanidade? Poesia e Filosofia!!

  Quando sou, sou por inteiro. Quando brinco é pra rir até chorar, quando treino musculação é para pegar pesado, quando gosto demonstro e faço você se sentir confortável, quando confio torna-te inquestionável, quando desgosto não volto atrás, quando eu corto é para não ver nunca mais, aprendi a ser assim, sem medo, sem rancor, formando meu caráter e serenidade mutuamente. Não sou meio termo, Sou por inteiro do momento, ou não sou, não gosto de fazer pela metade ou fazer mal feito, não começo a escrever um texto e paro. Ou faço ou não faço.

  Quando discuto defendo até a morte meu ponto de vista, até que me provem que estou errado, quando estou errado admito infinitamente e me sinto envergonhado, quando falho continuamente me sinto frustrado, mas quando acerto não admito ser menosprezado!
Gosto de ser reconhecido pelos meus feitos, rodeado de pessoas confiáveis e que gostam de mim. Amo minha família, amo meus amigos, amo meu conhecimento e meu poder de escolha! Sou assim.
O extremo não me torna uma pessoa melhor, mas acredito que me dá subsídios para aproveitar aquilo que aquele não aproveita. Deixar seu âmago florido com a simplicidade do se doar por inteiro naquele momento. A intensidade vívida, a intensidade vivida e a alegoria metafórica da alegria!
Se gosto de você, sinta-se tranquilo, se não gosto de você não faço questão de conversar com você. Oportunidades para mim, vem e se vão, não, vem e vão, entende a diferença? Eu falei que era poético-filosófico! Oportunidades boas, vem e ficam.

Ou sou e tenho, ou sou e não tenho.
Não preciso ter para ser, uma vez que sempre fui sem ter.

sábado, 22 de outubro de 2011

...Momento Poesia...

Não há bem uma fórmula para escrever algo,
Decidir-se sobre o que tratar nem sempre é o melhor caminho,
Prefiro deixar rolar e fazer "aquele estrago",
Ou faço rimas plásticas, frias, sem amor e carinho.

Pensar é necessário para que haja sentido,
Quando não se sente nada,
Tomar muito cuidado para não ficar repetitivo.
Quando se sente tudo, cuidado para não ficar confuso,
Misturar com sua rotina, pode não saber mais quem é o intruso.

Não vai saber se é algo que sente, ou algo que te fizeram
Não vai saber se é algo que espera, ou o que deixaram,
Talvez um olhar, talvez um desprezo,
Talvez um falar, talvez até o que escrevo!

Percebe logo acima? Parece não ter sentido,
Mas quantas vezes usei sentido, para que isso seja desenvolvido?
Há muitos sentidos para o sentido da vida,
Um sentindo-se magoado com aquela pessoa querida,
Um sentido de direção da pessoa que atravessa,
Os Sentidos corporais que com muita informação se estressa!








domingo, 25 de setembro de 2011

Coerência

Creio que nos tornamos aquilo que nossos pais nos ensinaram a ser em tempos já idos, quando não se preocupavam em educar-nos. Formamo-nos por descartes de sabedoria. (O Pêndulo de Foucault, p. 57)

  Dissertando este trecho que achei fantástico, até que ponto nós seguimos o fluxo imaginário das regras e
obediência, de certa forma, essencial para nossa formação de caráter?

  Vamos pensar como adolescentes, éramos conscientes consequentes ou conscientes inconsequentes? Após pensar na questão de como éramos, como queríamos ser e como somos nos dias de hoje (considerando ser irrelevante a idade de vosso leitor), adentremos agora no âmbito da capacidade autônoma do próprio julgamento, da relevância social do papel designado e esperado por todos, ser uma pessoa justa, equilibrada e capacitada. Mais do que nossa responsabilidade interpretar este papel sem que ninguém tenha que cobrar, mas, um papel esperado pelos ensinamento dos pais através de broncas, regras, limites e outras aversões psicológicas que causam conflito entre o certo e o errado quando trata-se dos passos em rumo às novas experiências.
  Exteriorizado essa curiosidade e vontade pelo novo, como discernir o fato e destrinchar para sermos um consciente consequente? Ponho o adolescente em questão pelo seguinte motivo: por paradigmas sociais e comportamentais intrinsecamente ligado a idade. Está na hora de sentar a bunda no banco de alguma praça, olhar para o horizonte e pensar "que PORRA estou fazendo??"
  Pronto, acredito que seja um bom início para refletir suas ações e virtudes que faltam. Vamos colocar o egoísmo de lado e pensar onde impacta o que fazemos e por qual motivo fazemos o que fazemos. Não entendo muito quando vejo alguém "revoltado" com a vida quando se tem tudo, ou "desiludido" com a vida quando não se tem nada. Hora da auto-estima o aguarda na recepção (dimmmmmmm-dommmmmm) ... sacou?? Limpa a bunda quando levantar do banco, vira a página e retome sua vida sem ser um inconsequente inconsciente, seja SEMPRE consciente e preparado para o que pode acontecer para que não haja arrependimentos.

(talvez eu tenha mudado um pouco o sentido do texto, comecei a escrever outro dia e terminei hoje...)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Introdução ao meu Mundo...

Bonsoir (boa noite)!

  Comecei uma nova leitura esta semana chamado O Pêndulo de Foucault, muito boa por sinal. Ainda estou no início do livro, diga-se de passagem que o primeiro capítulo é caótico!! Em meu modo de interpretar e pensar sobre as coisas, o primeiro capítulo deu-me subsídios para explanar ideias e questionar o quão passamos tempo observando algo e sua beleza intrínseca, o que é meramente e estritamente único para cada pessoa. Enxergar a beleza em determinados aspectos, qualidades, características, naquele momento, em exata circunstância, deixar-se aproximar do objeto, pessoa, lugar. Procurar sentir o arrepio na pele, o coração palpitante, o calafrio no ventre, deixar ser levado. 
  Ou, como deixamos de ver a beleza das coisas e deixamos passar batido os detalhes e riquezas das informações. Penso que, a grande maioria não dá oportunidade de tornar-se fiel aos sentidos suficientemente para se emocionar com algo que jamais passara por ínfima intelectualidade. Eis o problema, a racionalidade deixa-nos muitas vezes, com o ar de crítica para tudo que possa nos contagiar e nos levar para outra dimensão da percepção. 

  Temos medo? Receio? Bloqueio mental por não acreditar que isso possa nos ser útil um dia? Que tal deixar um pouco de lado a frieza das observações, pontuar menos os defeitos, deixar de lado a aversão aos sentidos, e se possível, passar a acreditar mais no que sente, ouve, vê. Deixe fluir e sinta-se bem com o que admira. Admirar o belo, não é o Belo (traficante metido a cantor de pagode), é o belo de esguio (esguio não é um lugar), é a beleza da sensação que te faz bem, qualquer forma de expressão que aguce os sentidos, que deixe aquela pergunta interna "Por que acabou? Quero mais!". Hoje, sei quase tudo o que gosto de admirar e a cada dia que passa descubro uma nova forma, ponto de vista ou até mesmo qualidade das pessoas que me emocionam e fazem eu criar uma tenra admiração, intocável, único e estritamente meu.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Boas vindas


  Para início de conversa, gostaria de agradecer a ajuda de meu amigo, Willian Bastida, que teve influência no título de meu blog (Variando das Ideias). Enquanto eu discutia com ele sobre como colocar um título interessante e ligeiramente peculiar com os temas que quero tratar aqui no blog, ele me respondia com as cordas do violão (afinando o violão)... Após afinar, continuamos a troca de ideia e chegamos no fim deste ínvio que obstinadamente, pereceu com o intuito de se fazer interessante, direto e simples. 

Como ele me falou: É da hora esse título, lembra aqueles ditados de "Vó".