sábado, 8 de março de 2014

Avassaladora Realidade

Artes, política, filosofia, religião,
Qualquer gênero do cinema, 
Aventura, policial, fantasia, realíssima ficção,
Muita coisa me atrai, muita coisa me emociona,
É com coisa ou outra que o brilho do meu olho vem à tona.

Gosto de verdades, gosto de sagacidade,
Inteligência, sorrisos, interação, integração,
Olho no olho, corpo e alma, sempre inteiro, nada pela metade,
Nada de razoabilidade, nada que seja raso na verdade.
Partícipes infratores, têm minha permissão,
Desde que a loucura consentida, seja plena canção de um coração,
Que clama.

Exclamaria! Da lama ao caos, do caos a lama, e ficara orgulhosa,
Se da hora que a honra cobrasse honorários, esta, tornar-se-ia majestosa,
E a lei é dos palhaços que não resolvem os problemas mais simples,
Dos "boys" que cheiram pó e depois ficam com rinite,
Dos "nóias" que fumam a pedra de Crack sem cerimônia,
Dos "cabeças" cheia da fumaça verde, da nossa própria flora Brasil-Colônia.

Dos largados, marginais, que encostam e já não se sabe se têm salvação,
Do Governo, "coeso, pomposo e vertiginoso" e suas decisões, sobre a economia,
Sobre a parida escória dos gramados verdes dos campos de futebol,
Da morte de mais uma mulher que ocorre por dia em cada lençol.

De cada greve de cada operário, confronto entre estudantes, bandidos, policiais e vigários,
Partidos, sindicalistas, lobistas e revistas, em revista ninguém se encontra,
Ninguém enquadra peixe grande filho, "RÁRÁRÁ!!" porra nenhuma.
É colarinho branco que dá o bonde "memo", me pergunto onde porra estamos ou como chegaremos?

Esnobe, classe esnobe que atravessa a espelunca, terra do nada, terra do nunca,
Brasil, país, quem roda o mundo vê a sujeira, vê a sujeira enfrestada em cada nuca,
Na testa e atesta até na grade mestra do MEC, que menino formado, é menino que não repete,
No sistema embrionário da cascata que deságua ignorância. PORRA! CANSEI!

Cansei, de ver jogador de futebol sendo tratado como rei,
Cansei de ver classes essenciais sendo desvalorizadas,
Seja professor, gari, médico, sanfoneiro ou quem pega na enxada,
Cade a ordem e progresso do País que nunca está de cara lavada,
É nisso que reflito os meus gostos quando penso que tenho um gosto,
Logo, o que eu gosto ou gostaria, se torna desgosto, me sinto ensosso,
Sem sal, vazio, sem nada, sem ternura, sem alma, sem carro, sem casa,
Sem pais, sem irmãos, sem família, sem cachorro, sem amigos,
O mundo imundo desilude ou concretiza a realidade, irmão, ainda não vivi a metade,
Não vi nem a metade.

De toda essa ânsia, angústia e dominadora, me isolar nos meus gostos ou do que gosto,
Simplesmente passa batido perto da fronteira que nos encontramos nesse grande caldeirão.




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