quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Violência Urbana

  Hoje, voltando do trabalho, parei para comprar pipoca... Há um pipoqueiro que fica na saída de cima do Metrô Santos-Imigrantes, todos os dias passo por ali, até então ficava com vontade de comer uma pipoquinha doce e nunca comprava. Hoje, comprei.
  Como sou um pouco guloso e exagerado, peguei o pacote grande de pipoca, diga-se de passagem bem inflacionado R$ 5!! E sem querer ser um pouco mais exagerado, a melhor pipoca doce que já comi! A pipoca veio perfeita, cheirosa, saborosa e com aquela cobertura plena. Tem umas pipocas que você dá sorte de pegar bem coberta com aquele doce ou o azar de pegar sem a cobertura desejada... Enfim...
  Comendo a pipoca, me remeteu um sabor de infância, não que eu tivesse comido muita pipoca na infância, nunca fui muito de frequentar Circos ou Igrejas (geralmente sempre tem o tal do pipoqueiro nestes locais), contudo, eu era uma criança muito feliz comendo pipoca doce! Eis que surgiram minhas lembranças enquanto eu andava do metrô até meu carro.

  Fui saboreando e pensando durante este trecho, nada nada uns 10 minutinhos. Quando me deparei, estava na rua do meu carro revisando o que havia acabado de pensar e me senti tão bem! Há muito não me desligava desta forma em que aconteceu, todos os dias ficamos cercados pela rotina, a rotina impregna nosso tempo, andamos pensando no compromisso a seguir, sempre assim, sempre! Na volta, consegui me desligar disso e até me espantei em como vim desprevenido na rua. Sempre ando muito atento com o que pode acontecer, assaltos, acidentes, brigas e fico muito atento para evitar isso, fico ligado em 220V o tempo inteiro! Deixo de sentir minha respiração, de pensar em coisas que me fazem bem, para ficar atento e evitar problemas. Respirei aliviado com certo receio quando cheguei próximo de meu carro, percebi que tinha me desligado no caminho, a atenção estava muito longe de minhas obrigações, rotina, ambiente, a pipoca saborosa com minha deliciosa sensação de infância   libertaram-me da minha rotina dentro de alguns instantes. Senti um alívio, um peso a menos nos ombros.
  Sempre fico muito atento em relação a assalto ou outras possibilidades de violências urbanas, nas quais todos estamos sujeitos a tornar-nos vítimas. Essa violência urbana não permite uma qualidade de vida essencial que todo mundo aponta e almeja, a tranquilidade de andar nas ruas sem medo de ser assediado por falhas do estado/governo/sistema é inerente, entretanto, algo me diz que isso está para mudar, foi o estalo que tive e me tranquilizou quando retomei minha atenção.

  A violência incita mais violência, a agressividade é do ser-humano e temos que nos cercar sempre para não deixar isso estourar, somos racionais, somos evoluídos e isso é a evolução, aprender a controlar e compreender a natureza inata e inerente ao ser.

2 comentários:

  1. A compreensão é benção e mais que isso é responsabilidade. Você bem sabe, amigo, o quanto ainda vamos nos deparar com a ignorância. A violência, não importa sua natureza, e sempre fruto da ignorância. Poucos são os que se colocam ao exercicio da reflexão, como você. E como já mencionamos por aqui, esse exercicio nos obriga a gradualmente mudar posturas incoerentes e logo nos vemos sozinhos "querendo mudar o mundo"
    Que venha sempre e sempre o novo olhar, o melhor olhar. Pois só assim poderemos andar destraidos, sem medo.

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    1. Conversei com o Will esses dias, as vezes ser "burro" deve ser tão mais fácil... Embora, não seja o melhor para nossa evolução... ehehhehehhe

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